O corpo é complexo e funciona de forma interligada, o que faz com que, muitas vezes, uma disfunção em alguma parte do organismo acabe afetando outros órgãos, causando mais problemas. Sendo assim, distúrbios emocionais e psicológicos podem provocar danos na sua saúde bucal, como o bruxismo. Além disso, problemas bucais também podem repercutir na sua autoestima, impactando na qualidade de vida.
SORRISO É FORMA DE EXPRESSÃO
A doença periodontal, que contribui para o mau hálito e interfere esteticamente, pode estimular a timidez e a introspecção. “Isso impacta na saúde mental pois diminui a autoestima, aumenta crenças de inadequação, contribuindo para a ansiedade social, o isolamento e o humor deprimido”, explica Hilário de Oliveira, psiquiatra do Hospital paranaense Marcelino Champagnat.
SAÚDE BUCAL INTERFERE, TAMBÉM, NA QUALIDADE DE VIDA
As relações entre as emoções e a saúde bucal estão em diversos trabalhos acadêmicos ao redor do mundo. No Brasil, um dos estudos foi a dissertação “Condição bucal precária e seu impacto na qualidade de vida”. A pesquisa aponta que os problemas de saúde oral têm sido cada vez mais reconhecidos como fatores importantes na percepção das pessoas sobre si mesmas, causando impacto sobre as relações sociais.
PROBLEMAS BUCAIS PODEM REPERCUTIR ATÉ NO TRABALHO.
O estudo explica ainda que problemas de saúde bucal como a cárie e a doença periodontal interferem nas atividades diárias, nas relações sociais e até na produtividade no trabalho. “A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal de 2010 demonstrou que a prevalência de cárie dentária, na faixa etária de 35 a 44 anos é de 16,75%. Destaca-se que nesta faixa etária estão concentrados os indivíduos em atividade produtiva e que a existência desses agravos podem assim repercutir na produção econômica”, destaca o estudo.
CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO TAMBÉM É NEGATIVAMENTE AFETADA.
O cuidado com a higiene oral também está associado à comunicação social. “O sorriso é um indicador confiável de sentimentos positivos e vem merecendo a preferência em relação comunicação verbal como instrumento de exposição do afeto, do prazer e da alegria. A desinibição dessas manifestações de afeto contribui para a autoestima e socialização”, frisa o psiquiatra.